sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O DEDÃO DO UROLOGISTA



Muitas histórias contaram
De dedo de urologista
Destas historias danadas
Tem uma bem caprichada
Daquela subestimada
Que faz a gente pensar
Na hora da tal dedada.

O curso de medicina
Tem muita especialidade
Uma é de urologista
Que trabalha de verdade
Dando dedada no povo
Tanto velho como novo
Não importando a idade.

O dedo do urologista
Tem fama de arrombador
Ao invés de coisa boa
Só maltrata com ardor
Com o dedo de ET
Seja cu, seja furico
Não respeita nem doutor.

O dedo de urologista
Sempre é muito destemido
É cada lapa de dedo
E por cima é atrevido
Deixa um rastro terrível
Na bunda do individuo
Que só fica ofendido.

Outro dia me disseram
Que o doutor deu uma dedada
No butico de Zé Burrego
Que gemeu sem dizer nada
Torando algumas pregas
Que pra dizer a verdade
Não servia para nada.

Quem disse foi Chicão
Um parrudo de nego brabo
Que pegava boi pelo rabo
Até vim cair no chão
Sempre vivia zangado
No barraco fedorento
Próximo ao riachão.

Certo dia vem Chicão
Com uma historia esquisita
Falava com precisão
Daquela coisa maldita
Que tapava sua urina
Só o pingo é que saia
Sempre ao nascer do dia.

Resolveu ir pra cidade
Consultar o urologista
Levou um chá de cadeira
Daquele especialista
Que ficou acabrunhado
O temível boiadeiro
Parecendo um farrista.

Ai, o doutor lhe atendeu
Fala vai e fala vem
Até que doutor disse:
Vai pro dedo! Vamos vê o que é que tem!
Vou lhe aplicar a dedada
Que pra mode examinar
A próstata se está bem.

Então, foi uma novela
Pro doutor lhe explicar
Mostrar que aquele exame
Tinha que realizar
Explicou-lhe como era
E Chicão feito uma fera
Começou a reclamar.

Mais Chicão em fim cedeu
Pro doutor examinar
Danou seu dedo bem grande
No furico sem olhar
Que Chicão era selado
E aquele pobre coitado
Não ia agüentar.

Chicão então se arretou
Com aquela situação
Deu um golpe de gravata
No doutor de antemão
E ficou acabrunhado
Feito um abestalhado
Parado na contra mão.

O que o senhor ta pensando?
Pensa que eu sou baitola?
Pois pode ficar sabendo
Que meu cu não entra rola
Sou um homem de respeito
E bato no fundo do peito
Que nunca chorei a toa.

Profissional preparado
Era bem inteligente
Explicou para Chicão
Com seu jeito paciente
Que aquilo era preciso
E que era decisivo
Na cura de muita gente.

E Chicão se convenceu
Com a história do doutor
Mais quase morria de medo
Ao ver o enorme dedo
Que lhe vinha penetrar
Na bunda e acunhar
Bem no seu anel de couro.

O doutor aperreado
Falou para Chicão:
Ta pensando que eu gosto
Deste serviço nojento?
De meter todos os dias
Os meus dedos com alegria
Num buraco fedorento?

Na verdade o Doutor
Só queria amansar
Entreter aquela fera
Para ele não gritar
E terminar o trabalho
Mesmo com muito cuidado
Para ele não notar.

Quando o dedo foi entrando
Chicão foi logo estranhando
A potência da dedada
E ficou meio esquisito
Com aquela situação
De ficar com o cu pra cima
Feito o luar no sertão.

Então, deu um pulo da cama
Com o dedão nas entranhas
Remexendo sem parar
E gritou: maldito seja
Este doutor é ET!
E fugiu bem para longe
Pra terra de Deus dará.
Autor: José Carlos Tibiriçá Pinheiro.