quarta-feira, 6 de maio de 2009

A MORDIDA DA SOGRA




Esta história engraçada
Que agora passo a contar
É de uma sogra medonha
Que só vivia pro lar
Ela era tão danada
Se fazia de coitada
Para o genro não falar.

Um dia Margarida
Como era conhecida
Partiu pra casa da filha
Fazendo-lhe uma visita
Falou da saudade apertada
Que estava solitária
Parecendo uma guarita.

O genro desconfiado
Chamado Sebastião
Falou com todo cuidado
Das fazes da solidão
Dizia impressionado
Pra sogra bem ao seu lado
Parecendo um dragão.

Margarida desejava
Que o genro logo morresse
Pra ficar com sua filha
Só pensava em interesse
Fazia até macumba
E era um Deus nos acuda
Se Bastião entendesse.

Bastião por outro lado
Era um homem cuidadoso
Nunca gostou da sogra
Só fazia roer osso
Dizia que a sogra era cão
Que tava na contra mão
Do seu caso amoroso.

Falava que sua sogra
Parecia uma baleia
Tinha o bucho inchado
E por cima era feia
Vivia despenteada
Dizia-se iluminada
Feito uma lua cheia.

Margarida não gostava
Do seu genro Bastião
Dizia que era um chato
Baixo, feio, do dentão!
Sempre vivia zangado
Era um homem descuidado
Parecendo um leão.

Outro dia Margarida
Visitou Sebastião
Queria entrar no acordo
Com alguma condição
Pra morar com sua filha
Nem que fosse numa ilha
Falou-lhe de antemão.

Ai, Bastião enlouqueceu!
Com aquela situação
Partiu pra cima da sogra
Com um porrete na mão
Danou uma cacetada
Na sogra aperreada
Parecendo um limão.

E a sogra revidou
Partiu pra Sebastião
Tacou-lhe uma dentada
Na polpa de seu bundão
Que ficou tão dolorido
Faltou até o sentido
Vindo a cair no chão.

Então, só foi o que deu!
Pro pobre de Bastião
Tirou o corpo de banda
Correu feito um ladrão
Falaram que quando vivesse
Mesmo quando ele morresse
Jamais teria razão.

Autor: José Carlos Tibiriçá Pinheiro.







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