O Matuto é um homem
Que vive lá no sertão
É Cabra macho e valente
Sempre se encontra contente
É doido por aguardente
E só come com a mão.
Que vive lá no sertão
É Cabra macho e valente
Sempre se encontra contente
É doido por aguardente
E só come com a mão.
O Barão é da elite
Mora sempre em mansão
Vive cheio de frescura
Convive na amargura
Não gosta de lisura
Recebe até mensalão.
O Matuto que se preza
Anda com chapéu de couro
Não sofre de pressão alta
Não é homem que se exalta
Por medo da classe alta
Que só pensa em tesouro.
O Barão quando se zanga
Fica todo enrolado
Perde o controle da vida
Aparece embriagado
Fica triste, enciumado
Não quer ninguém ao seu lado.
Matuto anda montado
Em riba de um jumento
Sempre com todo cuidado
Cuida do rebanho de gado
E se ficar bem folgado
Esquece do sofrimento.
Barão só anda de carro
Corola, Vectra ou Omega
Sempre no ar condicionado
Com uma mulher do seu lado
Tomando aquele cuidado
Parecendo um faz de conta.
Entre Matuto e o Barão
Na afinidade da vida
Não podemos duvidar
Dessas vidas esquisitas
Mais podemos desejar felicidade
Mesmo quando a despedida.
Autor: José Carlos Tibiriçá Pinheiro
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