

Vida de pobre
Não tem regalia
Não tem o que fazer
No correr do dia-a-dia
Vai à feira sem comprar
Pede a Deus para lhe dar
Mais um dia de alforria.
O rico é exaltado
Na vida só faz mandar
Tem rico que é tão malvado
Que faz o pobre chorar
E quando fica zangado
Não quer ninguém a seu lado
Não perde por esperar.
Filho de pobre ao nascer
É preto ou mulatinho
Nasce chorando baixo
Não tem roupa nem carinho
Vive todo melado
Com sua mãe ao seu lado
Com seio de leite ninho.
Filho de rico ao nascer
Parece do outro mundo
É galego e sorridente
Só dorme sono profundo
Com a babá ao seu lado
Perece imaculado
Um rei que veio ao mundo.
Casa de pobre é casebre
De madeira ou papelão
E o coitado do pobre
Sempre dorme no chão
É pobre pra todo lado
Que relembrando o passado
Lembro-me de Damião.
Casa de rico é mansão
Habitam também em castelo
Vivem em grandes coberturas
Feitas com todo o critério
Com as torneiras de ouro
São donos até de tesouro
Parecendo um grande mistério.
Dieta de pobre é papa
Ovo com farinha e angu
Biju ou leite de cabra
Mistura de carne de anum
Farofa de carne seca
E para fugir de uma seca
Um caldo de goiamum.
Dieta de rico é filé
Ao gosto ou modo da casa
No molho de madeira e camarão
Entra até um salmão
Com azeite na frigideira
E uma rica salada lhe espera
Dentro da geladeira.
Rico não vive sem pobre
Pobre não vive sem rico
São duas classes distintas
E com detalhe eu lhe digo
Se o mundo aqui se acabasse
Mesmo se alguém se salvasse
Não fugia do perigo.
Autor: José Carlos T. Pinheiro
Não tem regalia
Não tem o que fazer
No correr do dia-a-dia
Vai à feira sem comprar
Pede a Deus para lhe dar
Mais um dia de alforria.
O rico é exaltado
Na vida só faz mandar
Tem rico que é tão malvado
Que faz o pobre chorar
E quando fica zangado
Não quer ninguém a seu lado
Não perde por esperar.
Filho de pobre ao nascer
É preto ou mulatinho
Nasce chorando baixo
Não tem roupa nem carinho
Vive todo melado
Com sua mãe ao seu lado
Com seio de leite ninho.
Filho de rico ao nascer
Parece do outro mundo
É galego e sorridente
Só dorme sono profundo
Com a babá ao seu lado
Perece imaculado
Um rei que veio ao mundo.
Casa de pobre é casebre
De madeira ou papelão
E o coitado do pobre
Sempre dorme no chão
É pobre pra todo lado
Que relembrando o passado
Lembro-me de Damião.
Casa de rico é mansão
Habitam também em castelo
Vivem em grandes coberturas
Feitas com todo o critério
Com as torneiras de ouro
São donos até de tesouro
Parecendo um grande mistério.
Dieta de pobre é papa
Ovo com farinha e angu
Biju ou leite de cabra
Mistura de carne de anum
Farofa de carne seca
E para fugir de uma seca
Um caldo de goiamum.
Dieta de rico é filé
Ao gosto ou modo da casa
No molho de madeira e camarão
Entra até um salmão
Com azeite na frigideira
E uma rica salada lhe espera
Dentro da geladeira.
Rico não vive sem pobre
Pobre não vive sem rico
São duas classes distintas
E com detalhe eu lhe digo
Se o mundo aqui se acabasse
Mesmo se alguém se salvasse
Não fugia do perigo.
Autor: José Carlos T. Pinheiro

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