"Vaqueiro do alto sertão"
Vou contar para vocês
Uma história engraçada
De um fazendeiro bravo
Que adorava uma caçada
E um vaqueiro matuto
Que não sabia de nada.
Num dia de lua cheia
De baixo do infinito
Sebastião Fazendeiro
Resolve chamar no grito
O vaqueiro Zé da Burra
Pra caça de periquito.
Zé da Burra era valente
Um vaqueiro destemido
Querido por muita gente
Mais era um homem atrevido
Que não deixava seu rastro
Pra qualquer inimigo.
Sebastião Fazendeiro
Que só andava zangado
Sabia que Zé da Burra
Era um pobre coitado
E partiu para caçada
Com Zé da Burra ao seu lado.
Antes de iniciar a caça
Zé então lhe perguntou:
Patrão por mais me conte
Pro que o si ô me chamou?
Sebastião respondeu:
Tu é um cabra valente! E ele replicou:
Sendo assim nós se apartemos
Pra vê quem chega primeiro
Uma empreitada desta
Só dá prá um bom vaqueiro
E um desafio deste
Eu sempre fui o primeiro.
Sebastião Fazendeiro
Se sentindo humilhado
Falou prá Zé da Burra:
Tu és um pobre coitado!
Vou te rogar uma praga!
Pro bicho ruim do teu lado!
Então, Sebastião Fazendeiro
Embrenhou-se de mato adentro
Queria chegar primeiro
No passado foi cangaceiro
Fez tocaia bem ligeiro
Pra pegar o primeiro.
Pobres dos periquitinhos
Vítimas de Sebastião
Que não tinha sentimento
Agia feito um ladrão
Roubando os periquitinhos
Da natureza com mão.
Zé da Burra atrevido
Entendeu bem diferente
Danou-se para a cidade
Fez contato com a gerente
Do cabaré de Marlene
Afim de um programa urgente.
Ele então solicitou
Três galegas atraentes
Três cachoras da molesta
Três jumentas inocentes
Daquelas de arrepiar
Até o fogo da gente.
Ai levou pra fazenda
As três galegas danadas
Encheu o peito de orgulho
Dançou xaxado no chão
Incendiou as visitas
E esperou Sebastião.
Sebastião foi chegando
Com os periquitos de lado
Não sabia do ocorrido
Como um pobre coitado
Até encontrar Zé da Burra
Que ficou bem do seu lado.
Sebastião Fazendeiro
Ficou até assustado
Com as galegas de Zé da Burra
Tomou todo o cuidado
A tal ponto que ele disse
Nunca mais fico zangado!
E falou: A Festa vai começar até a tampa voar!
Mais antes de começar
Zé da burra pediu
Pra Bastião escutar e falou do que sentiu:
Bastião! Antes de tudo!
Devolva ao céu de anil
Todos os periquitinhos que você subtraiu.
Temos que preservar
Esta nossa natureza
Porque é dela que vêm os frutos
Que enriquece a nossa mesa
Mantendo esta fartura
Mundo abaixo com certeza.
Bastião então respondeu
Que em quanto ele vivesse
Jamais caçaria periquitos
Até quando morresse
E deixou este recado
Pra que ninguém esquecesse.
Autor: José Carlos T. Pinheiro
Uma história engraçada
De um fazendeiro bravo
Que adorava uma caçada
E um vaqueiro matuto
Que não sabia de nada.
Num dia de lua cheia
De baixo do infinito
Sebastião Fazendeiro
Resolve chamar no grito
O vaqueiro Zé da Burra
Pra caça de periquito.
Zé da Burra era valente
Um vaqueiro destemido
Querido por muita gente
Mais era um homem atrevido
Que não deixava seu rastro
Pra qualquer inimigo.
Sebastião Fazendeiro
Que só andava zangado
Sabia que Zé da Burra
Era um pobre coitado
E partiu para caçada
Com Zé da Burra ao seu lado.
Antes de iniciar a caça
Zé então lhe perguntou:
Patrão por mais me conte
Pro que o si ô me chamou?
Sebastião respondeu:
Tu é um cabra valente! E ele replicou:
Sendo assim nós se apartemos
Pra vê quem chega primeiro
Uma empreitada desta
Só dá prá um bom vaqueiro
E um desafio deste
Eu sempre fui o primeiro.
Sebastião Fazendeiro
Se sentindo humilhado
Falou prá Zé da Burra:
Tu és um pobre coitado!
Vou te rogar uma praga!
Pro bicho ruim do teu lado!
Então, Sebastião Fazendeiro
Embrenhou-se de mato adentro
Queria chegar primeiro
No passado foi cangaceiro
Fez tocaia bem ligeiro
Pra pegar o primeiro.
Pobres dos periquitinhos
Vítimas de Sebastião
Que não tinha sentimento
Agia feito um ladrão
Roubando os periquitinhos
Da natureza com mão.
Zé da Burra atrevido
Entendeu bem diferente
Danou-se para a cidade
Fez contato com a gerente
Do cabaré de Marlene
Afim de um programa urgente.
Ele então solicitou
Três galegas atraentes
Três cachoras da molesta
Três jumentas inocentes
Daquelas de arrepiar
Até o fogo da gente.
Ai levou pra fazenda
As três galegas danadas
Encheu o peito de orgulho
Dançou xaxado no chão
Incendiou as visitas
E esperou Sebastião.
Sebastião foi chegando
Com os periquitos de lado
Não sabia do ocorrido
Como um pobre coitado
Até encontrar Zé da Burra
Que ficou bem do seu lado.
Sebastião Fazendeiro
Ficou até assustado
Com as galegas de Zé da Burra
Tomou todo o cuidado
A tal ponto que ele disse
Nunca mais fico zangado!
E falou: A Festa vai começar até a tampa voar!
Mais antes de começar
Zé da burra pediu
Pra Bastião escutar e falou do que sentiu:
Bastião! Antes de tudo!
Devolva ao céu de anil
Todos os periquitinhos que você subtraiu.
Temos que preservar
Esta nossa natureza
Porque é dela que vêm os frutos
Que enriquece a nossa mesa
Mantendo esta fartura
Mundo abaixo com certeza.
Bastião então respondeu
Que em quanto ele vivesse
Jamais caçaria periquitos
Até quando morresse
E deixou este recado
Pra que ninguém esquecesse.
Autor: José Carlos T. Pinheiro
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