Existe um viaduto
Chamado de SONRISAL
É uma obra d’arte
Que não existe igual
Com o nome de remédio
Foi causa de muito tédio
Para o povo em geral.
O dito viaduto
Já nasceu rejeitado
Causou transtorno de transito
Foi grito pra todo lado
O povo todo temia
Se o viaduto tremia
Era obra do malvado.
A obra foi construída
Com material de terceira
Ferragem, cano e argamassa
Uma velha betoneira
Aterro por todo lado
Um projeto do passado
Que nem arroz de terceira.
A oposição reclamou
Do castigo encomendado
Foi falácia da tribuna
Discurso indignado
Teve até vereador
Que falou com muito ardor
Que todos foram roubados.
Ai, a coisa esquentou.
Veio a fiscalização
O fiscal veio de fora
Com uma pasta na mão
Todo parlamentado
Com assessor do seu lado
Parecendo um dragão.
Nesta mesma ocasião
Fizeram auditoria
Apanharam todos os dados
Correram para Brasília
Então, foi constatado
Que o SONRISAL foi taxado
De obra com anomalia.
Outro dia choveu forte
Na cabeceira da pista
Era água escorrendo
Por todo lado se via
O SONRISAL derretendo
E o povo todo morrendo
De raiva por mais um dia.
Para não sair mais caro
Resolveram reparar
A estrutura mal feita
Do SONRISAL sem contar
Com as perfurações refeitas
No centro e nas sarjetas
Para infiltração parar.
O viaduto custou caro
Quatro vezes o seu valor
Foi super faturado
Obra sem um esplendor
Uma ação tão corrupta
Que, além disso, se imputa
A falta de um Gestor.
São milhares destas obras
Que existem no Brasil
Que o povo bem conhece
E que muitas nem se viu
Deixando rico o prefeito
Que leva no fundo do peito
A obra que não serviu.
Autor: José Carlos Tibiriçá Pinheiro.
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